Cheguei a casa, depois do treino, com alguma fome e as bolachas com pepitas de chocolate que eu tanto gosto, estavam escancaradas em cima da bancada! Aí começa o dilema:
- “Não deves comer!”,
- “Tem demasiado açúcar”,
- “Tem pouco valor nutritivo, só faz mal”,
- “Só serve para a engorda”
- “Espera pelo jantar”
Do outro lado da consciência, está o “diabo” da vontade a falar:
- “É só uma…”
- “Sabe tão bem…”
- “Ninguém está a ver…”

Nunca passaram por este dilema, pois não? Estou sozinho nesta luta, não é verdade? Então não vale a pena continuar a ler este post 🙂
Deixem-me afirmar: “A primeira é sempre a mais fácil de resistir”.
Passo a justificar a afirmação:
Quando eu olho para a bolacha, e tenho vontade de a comer, qual é a “vontade” que está a “falar?”
R: É a vontade psicológica, ou seja, é o processo mental de olhar para a bolacha, reconhecer o seu sabor, e desejar “terrivelmente” comer a maldita bolacha. Tudo isto passa-se a nível mental e com a mente até posso salivar tipo cão do Pavlov.
Agora, o que acontece quando eu cedo à “tentação” e meto a bolacha pela goela abaixo?
R: A bolacha vai passar pelas minhas papilas gustativas, e o estímulo vai chegar ao cérebro. Acresce a isto, o aumento rápido do nível de açúcar em circulação, e o nucleus accumbens (conhecido como o centro do prazer) vai dizer “Isto é bom, come mais…”
E qual é o resultado disto?
R: Ora passo a ter que lutar com os duas formas de desejo: O desejo psicológico, e agora potenciado pelo desejo físico! Então passa a ser muito mais difícil resistir à maldita bolacha de chocolate…
Conclusão: Se mentalmente, o meu lado racional, já chegou à conclusão que a bolacha não é para ser comida, isto é, já tenho informação suficiente que me permite chegar a este estadio mental, então aquilo que estou a dizer, é: O melhor é não comer a primeira bolacha, porque esta é a mais fácil de resistir! Depois de ceder à primeira, então segue-se o descalabro, “perdido por 100, perdido por 1000” e não, nunca é só uma! Se é difícil resistir ao apelo psicológico, então mais difícil será certamente resistir quando o apelo psicológico tiver um empurrão do apelo físico.
Agora, se não está minimamente preocupado com a sua saúde e com o quão feio está a ficar com esse “avental” abdominal, então este post não é para si, continue a comer à vontade… e faça bom proveito…
Se isto o preocupa, então fica a sugestão de mais uma ferramenta que pode aliar à sua força de vontade, e já agora, não deixe as “bolachas” em cima da bancada, nem em nenhum lado, onde saiba onde estão.
Para mim hoje foi uma bolacha, para si pode ser qualquer outra coisa. O apelo psicológico aliado ao apelo físico, são uma potência difícil de resistir.